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Mostrando postagens de março, 2013

Blossom Kite Festival

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Com a chegada da Primavera também é dado início ao National Cherry Blossom Festival , que nada mais é do que celebrar a estação e também o florecer das Cherry Blossom, que são flores japonesas muito tradicionais por aqui (embora ainda não tenham florecido). National Mall Durante toda a Primavera, ocorrem eventos em Washington DC, dos mais diversos tipos. Neste último final de semana aconteceu o Blossom Kite Festival , ou seja, um festival de pipas. Durante o dia todo aconteceram workshops sobre montagem, exibições, e qualquer um podia participar. Era só chegar no National Mall e começar a empinar sua pipa! Pipas de todos os formatos! As pessoas estavam espalhadas pelo parque e também em volta do Washington Monument. O céu, invadido por pontos das mais diversas formas, embora não estivesse ventando tanto quanto era esperado. Para mim, foi um misto de novidade com nostalgia. Nunca tinha visto tanta gente soltando pipa junto, e tantos modelos diferentes. Ao mesm

Gourmet Talk: Pastel de Egg Roll

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Sim, o título do post está certo. E, sim, eu comi pastel feito em casa aqui nos EUA, no último final de semana! Acho que agora já não me falta mais nada por aqui, pra me sentir em casa! Pastel! Hoje não vou exatamente ensinar uma receita com ingredientes e modo de fazer. A ideia é somente mostrar algo que encontrei no mercado outro dia, testei e deu certo: massa para Egg Roll. Antes de vir para os EUA eu nunca havia experimentado nenhum tipo de comida Asiática. Entretanto, Americano é louco por comida Chinesa em especial, e aqui em casa a minha host pede periodicamente. Também existe um restaurante super barato - e muito delicinha - chamado Pei Wei, o preferido das minhas crianças. O Egg Roll é conhecido no Brasil, se não me engano, como Rolinho Primavera. Nada mais é do que uma massa frita, recheada com vegetais. Quando experimentei pela primeira vez, logo me lembrei do pastel. Aliás, era a minha estratégia pra matar a saudade do mesmo. E aí outro dia andando pelo m

Eu, indivíduo

"You guys might not know this, but I consider myself a bit of a loner. I tend to think of myself as a one-man wolf pack." (Alan Garner, The Hangover) Quando adolescente conheci, dentre tantas formas de governo, o Anarquismo. Típico da adolescência skatista, fã de Punk Rock e Hard Core, a crítica ao Sistema sempre esteve presente na minha vida. Nunca fui revolucionária pra valer, nem mantenho uma posição política declarada, mas dentre os princípios do Anarquismo, um me chamou muito a atenção: o individualismo, o qual prioriza o indivíduo e suas vontades, assim como é aqui onde surge o famoso cliché de que "a minha liberdade termina onde começa a do próximo". Ser individualista é diferente de ser egoísta. O fato de eu me auto priorizar como indivíduo não significa que eu nunca estarei disponível para ajudar o próximo. Eu posso ser uma pessoa solidária ainda que sendo individualista. Já ajudei inúmeras vezes, tanto pessoas que me retribuem isso em forma de

ECC Meeting

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Há algum tempo conheci o grupo The English Conversation Club OnLine  no Facebook, moderado por Mark Sagarin, um professor Americano muito gente boa, dedicado a diversos projetos sem fins lucrativos, incluindo uma organização de resgate e adoção de cachorros. Toda semana acontecem reuniões em Maryland, em bibliotecas, livrarias, ou mesmo na Starbucks. Infelizmente os horários não batem com o meu schedule, além de levar quase uma hora de carro até os locais. Por conta disso, de muitas pessoas da Virginia não poderem participar durante a semana, ele começou a organizar reuniões aos finais de semana, normalmente em Washington DC, para que todos nós possamos nos encontrar. Alemanha, Brasil, Colombia, França e México, junto do Mark e sua esposa. A primeira reunião que participei foi na galeria nacional de arte, e foi bem interessante porque ele é apreciador das artes e tem muita informação para nos passar. Foi um passeio bem legal, por entre quadros e esculturas, todo o traj

Gourmet Talk: Dicas para um almoço mais saudável

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Quando chegamos aqui nos EUA, logo percebemos que o almoço não é a refeição mais importante para os Americanos. Na minha host family sempre cozinhamos para o jantar, mas o almoço é sempre algum sanduíche, ou omelete, e dependendo do horário, no final de semana, o café da manhã vira brunch e funciona como duas refeições juntas: breakfast + lunch . Sinceramente, demorei muito para criar um hábito saudável no almoço. Por conta da correria, e também da preguiça (confesso), eu acabava optando por tudo aquilo que era fácil e rápido, como bagel com cream cheese , ou sobra de pizza , coisas assim. De uns tempos pra cá resolvi incorporar mais vegetais à minha alimentação. Minha estadia aqui nos EUA fez com que eu aprendesse a gostar de diferentes alimentos, dentre eles os vegetais. E já que eu passei a gostar deles, por que não usá-los no almoço, a única refeição em que faço praticamente sozinha em casa? Para começar, todo Americano gosta de grill , que nada mais é que a churrasqueira,

Me deixa?

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Me deixa ser quieta. Me deixa gostar da paz do meu quarto. Me deixa apreciar o silêncio. Me deixa ter o direito de ficar calada. Me deixa expressar-me pelo olhar. Me deixa ser ausente. Me deixa ser correta. Me deixa seguir leis à risca. Me deixa não gostar de quebrar regras. Me deixa não gostar da loucura. Me deixa gostar de saborear cerveja. Me deixa não gostar de ficar bêbada. Me deixa ter dezessete anos no jeito de me vestir. Me deixa ter trinta anos no jeito de agir. Me deixa passar o dia deitada na grama. Me deixa divertir-me fazendo nada. Me deixa sair sem rumo. Me deixa querer voltar. Me deixa sentir-me dividida. Me deixa ser eu mesma. Me deixa. E me traga mais um café gelado, por favor.

O velho dilema sobre a sexualidade das cores

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Um dia qualquer, de manhã, o pequeno pegou um par de meias emprestado da irmã do meio, porque provavelmente estava enjoado de só usar meias brancas. Já que as meias eram verdes com bolinhas azuis, sem nada a mais, apesar de serem de uma marca que só produz roupa feminina, eu deixei ele usar. Não questionei, nem disse nada. Simplesmente vi e deixei. Seria um dia normal, se eles não fossem para a casa do pai naquela noite. Dirigi até a casa do pai, deixei as crianças lá, como sempre faço. Quando estava voltando para casa, recebi inúmeras mensagens de texto da madrasta. Ao chegar em casa e ler todas, me deparei com uma em que ela dizia "Aline, favor checar as meias que o pequeno estiver usando na próxima vez. Ele só pode usar meias brancas de menino. Não o mande mais usando meias de meninas". Sim, ela é educada assim a ponto de nem dizer um "obrigada" ao final e fala como se fosse a minha chefe. Eu não respondi, mas toda vez que eles vão à casa do pai, eu faço ques

Fases

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"Fases que vão e que vêm,  no secreto calendário que um astrólogo arbitrário  inventou para meu uso." (Lua Adversa, Cecília Meireles) Ainda continuo percorrendo a transição entre a fase "quero voltar para casa" e a fase "quero viver nos EUA para sempre". Enquanto coração e razão continuam a discutir o relacionamento, eu vou aproveitando cada dia como se fosse o último, afinal, nada tenho a perder. :)